domingo, 19 de setembro de 2010

Me Apaixono Logo existO


 Movida por uma Paixão
 Movida por várias Paixões
 Não por necessidade ou Obrigação
 A Paixão provoca sensações
 Medo, Coragem, Alegria ou Raiva
 Todo um destemperamento
 Paixão remédio contra monotonia
Vários tipos de Paixões
 Pela Música, o Céu, a Chuva, o Sol
 Por um país, um Time, um passeio de Bicicleta
 Por Websites, por Roupas ou Chocolate
 Pelo Sorriso dela ou por  Ela todA
 Sentir dor, arder, queimar ou esfriar
Observar, agir, pular, gritar, sorrir ou choraR
 Sentir-se leve, sair do Ar... SonhaR
 Estar Apaixonado é estar VivO

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Beleza da Solidão



Quem disse Q não há Beleza na Solidão
Ela existe. Está sempre lá. 
 O que era pra ser um momento triste
 Se torna lindo, diferente. Com uma beleza abstrata.
 A beleza da Solidão é como o surgimento do Arco-íris
 Em um instante a imagem de um Céu carregado, escuro
 e sem forma se transforma e ganha Cores
 Todas unidas. Uma visão hipnotizante.
 Assim é a Solidão. Por mais medo Q ela provoque,
 Por mais melancólica Q ela seja 
 Sempre passa. Ela nunca é constante.
 Ela aparece ás vezes para mostrar o valor 
 Q tem a companhia daqueles Q nos acompanham.
Então aquele momento em Q a Solidão envolve 
 Pode ser observado em câmera lenta
 Pela visão artística de um pensador Otimista.
Onde se enxerga Q a Solidão serve para fragilizar e humanizar
 Tornado capaz de Sentir e dar valor




sábado, 11 de setembro de 2010

 

 

"Inclinei-me depois sobre ela, rosto a rosto, mas trocados, os olhos de um na linha da boca do outro. 

...e ficamos assim a olhar um para o outro, até que ela abrochou os lábios, eu desci os meus, e..."

"Sem pedir, penetrei na fresta da tua boca,
e fiz a vontade emergir..."

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Olhos de Cigana Oblíqua e Dissimulada



Olhos de ressaca

Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira, eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra idéia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...
Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vivo la VidA

 

 

 

 

Não nasci pra morrer por uma causa. Parece bobagem. O que aconteceu ontem pode até ter me afetado, mas não continua me afetando. Talvez porque eu não tenha o costume de ficar remoendo o que se passou ou mesmo porque sempre espero mais do futuro, do hoje, do amanha. É como se o acontecido de ontem virasse uma lembrança suave. Também levando em conta o meu esquecimento natural das coisas. Esqueço até o que comi ontem. Porque sou lenta, esquecida ou simplesmente porque não faço questão de lembrar. Comigo funciona mais o lance de viver o dia a dia. Por isso mesmo não estranhe se, após me ver tendo uma crise de choro, me ver sorrindo de algo bem tosco. Talvez eu seja uma "boba alegre" ou simplesmente uma pessoa que goste de viver a vida.